PROTÓTIPOS - CARROS CONCEITO - FORAS-DE-SÉRIE
- ARTESANAIS
BRASILEIROS - 1
(1897-1960)
Nesta Página:
1897 Santos Dumont
1903/04 Bonadei
1927 Caminhão Bandeirante
1932
Kusters Alfa Romeo
1952 Rural-1 (O primeiro Jipe brasileiro)
1954 Auto-Drews
1954 Jipe Mirim
1955
Packard
Woerdenbag
1955 Tucker Carioca
1956 Centaurus 400
1956 Joagar
1956 Jipe Baiano
1956 Alfa-Cadillac
1957 Lepper Special
1958 Romi-Isetta 2 portas
1960 Joagar
1960 Jeep Saci
1960 (Sem nome)
1960 ????????
1960 VEMAG Candango Arpoador
1897
Santos Dumont
Santos Dumont depois de muito meditar, desenhou um modelo e procurou a
oficina de M.R. Cabreu, perto de sua residência. Aí executou, ele mesmo,
com o auxílio dos operários da oficina, um motor diferente, que, em
síntese, seria a superposição de dois motores de triciclos em um só carter
de modo a acionar um só eixo de manivela. O todo seria alimentado por um
só e único carburador. Para diminuir o peso do motor eliminou várias peças
que julgou dispensáveis – tudo sem prejuízo de sua solidez.
Fonte: Livro Rodas
|
Fonte:
Enciclopédia do Automóvel e edição especial Quatro Rodas "O carro no
Brasil".
|
1927 CAMINHÃO BANDEIRANTE
Imagem extraída da página 204 do livro Ônibus - Uma História do Transporte Coletivo e do Desenvolvimento Urbano no Brasil, de Waldemar Corrêa Stiel. Tem a legenda Primeiro caminhão totalmente feito no país, 1929.
Na página 75 da mesma obra, encontramos, na linha do tempo, o seguinte texto:
1929, Janeiro. É enviado para a exposição de Sevilha, onde figuraria no pavilhão do Brasil, um automóvel que, ao que se sabe, foi o primeiro automóvel inteiramente construído no Brasil. O veículo, que foi fabricado pelos engenheiros mecânicos Prestes & Cia., tinha toda a matéria-prima, inclusive o motor, construído com produtos nacionais. O principal construtor foi o Dr. José Augusto Prestes. Tratava-se de um auto-caminhão para cargas, com capacidade para sete toneladas e equipado com um motor de 60 HP. "Todo o material, motor, chassi, rodas e cárteres de aço, foi fabricado no Brasil."
Já na obra Automóvel no Brasil - 1893-1966, de Vergniaud Calazans Gonçalves, encontramos à página 38 a seguinte informação:
1927. Circula no Rio o primeiro autocaminhão fabricado no Brasil, construído pela firma A. Prestes & Cia., com o nome de "Bandeirante". Com motor de 4 cilindros, de 45 C.V., pode transportar 7 toneladas, desenvolvendo a velocidade de cruzeiro de 40 km/hora.
Como se vê, trata-se do mesmo veículo, apesar da divergência em relação à potência do motor.
Conclui-se que o Bandeirante saiu às ruas em 1927 (segundo Calazans), e viajou à Espanha em fins de 1928 para a exposição em Sevilha em janeiro de 1929 (segundo Stiel).
Talvez a diferença observada na potência do motor se deva não só aos diferentes padrões de medida (HP e CV, diferença irrisória em valores nominais), mas também a um possível desenvolvimento do motor ocorrido entre 1927 e 1929.
|
Joachim Küsters, projetista de lanchas, também desenvolveu carrocerias bastante arrojadas para automóveis nos anos 30, dentre elas este exótico Alfa Romeo, feito em Salvador, Bahia, em 1932. Note a incomum colocação do estepe, o perfil aerodinâmico da capota, os pára-lamas, as rodas. O carro lembra uma lancha em velocidade, cortando a água.
Fonte: Revista Motor 3, abril de 1982. Colaboração: Lindeberg de Menezes Jr
|
1952 Rural-1 (O primeiro Jipe brasileiro)
Construído por Genésio
Baccarelli, baseado nas idéias de Mario Barros do Amaral (proprietário de
uma empresa de importação de Land Rover).
|
Construído em 1954 pela Auto-Drews Ltda, de Curitiba-PR. Carroceria montada em um chassi de Volkswagem.
Fonte: http://gutefahrt.com |
O carrinho foi construído em Rio Bonito, por José Cardoso da Silva, e era cópia fiel do Jeep Willys. O Jipe-mirim desenvolvia 70 km/hora. Seu motor era de uma máquina de soldar marca Onan, refrigerado a ar, 2 cilindros e 10,1HP, 825cc. Três marchas à frente e uma à ré. Peso total 370 quilos. Freios hidráulicos nas quatro rodas. Amortecedores Austin A-40. Consumo 20 litros de gasolina a cada 400 km.
|
Modelo único desenvolvido pela Woerdenbag Motors, de João Geraldo Woerdenbag, no Rio de Janeiro. Este modelo nasceu do primeiro carro de corridas construído no Brasil, e era então equipado com motor Studebaker de 8 cilindros e conjunto de suspensão Alfa Romeo. Após participar de competições entre 1939 e 1952, o proprietário da empresa, por volta de 1955, decidiu transformar o obsoleto bólido de corridas num carro de turismo. Uma nova carroceria conversível foi artesanalmente produzida, e o motor foi substituído por um da marca Packard. Ao que parece, o carro ainda existe, nas mãos de um colecionador de São Paulo.
Foto: Revista Seleções, agosto de 1957. Colaboração: Lindeberg de Menezes Jr.
|
Preston Tucker, famoso pela malsucedida tentativa em lançar o revolucionário Tucker Torpedo no mercado norte-americano, desejava desenvolver um novo veículo, longe dos grandes mercados e das grandes montadoras que teriam levado sua primeira empreitada no ramo da fabricação de automóveis à bancarrota. No início dos anos 50, desembarcou no Brasil, e instalou um escritório no Rio de Janeiro.
Iniciou vários estudos, entre eles o de um automóvel pequeno, econômico, de acordo com as necessidades da população local. Porém, destacou-se o desenvolvimento de um automóvel esportivo de linhas ousadas, pára-lamas destacados, e o farol central ciclópico emprestado do modelo Torpedo. Também deste modelo emprestou as soluções mecânicas, entre elas a utilização do motor montado à traseira, desta vez um pequeno 4 cilindros, mais leve e econômico que o enorme motor aeronautico utilizado no Torpedo. A este projeto Preston Tucker deu o nome de Carioca, uma homenagem à cidade que o acolheu. Em 1956, antes que o projeto tivesse atingido estágios mais avançados, Tucker faleceu, e pouco restou do modelo Carioca além de alguns poucos desenhos.
Ilustração:
Revista Car Life, dezembro de 1955.
Adendo: o motor do tucker (torpedo) era um motor aeronáutico, Franklin, de 6 cilindros opostos refrigerados a ar utilizado em alguns aviões como o Stinson modelo 108-2. Aliás este motor é usado até hoje.
|
Foi o primeiro protótipo da série Centaurus. Consistia em um triciclo de tração dianteira. O motor, monocilíndrico, de dois tempos, tinha 400cm3, 12 HP, e era refrigerado a ar. O câmbio era de 6 marchas à frente e duas à ré, através de embreagem automática. Pesava em torno de 900kg, tinha velocidade máxima de 80km/h e um consumo de 5km/l. Foi idealizado em 1956 por Renato Heinzelmann e Kleber de Araújo.
|
Joaquim Garcia, mecânico de Jaboticabal-SP, no ano de 1956, construiu dois protótipos batizados de Joagar. O primeiro era um três volumes de dois lugares e dois cilindros. O segundo, uma Wagon, usava motor de quatro cilindros opostos, refrigerado a ar, câmbio de três marchas, a suspensão dianteira tinha molas transversais e a traseira molas semi-elípticas.
|
Construído pelo professor
José de Macedo, diretor da Escola Técnica de Salvador. Utilizou mecânica
de um Ford 1929.
Fonte:
Revista de Automóveis (1957) |
Henrique Cassini transformou seu Alfa-Corsa fórmula 1 (monoposto) em um Alfa-Cadillac. Foi a solução encontrada para dar utilidade ao seu Alfa-Corsa, que não se prestava nem para cidade nem para turismo, apenas para corridas, e uma vez que a fórmula 1 tinha sido cancelada. A carroceria foi feita a mão em alumínio. Motor Cadillac V-8 (1954), 5.400cc, 320HP a 5.200rpm. Transmissão monobloco de caixa de mudanças Alfa de 4 marchas sincronizadas e diferencial auto-blocante. Chassi Alfa-Corsa tubular . Rodas de Buick. Grade do radiador de Chevrolet 1955. Peso total 900kg. Alcançava facilmente 210 km/h
|
1957
Lepper Special
Modelo único construído pelo
piloto de corridas Raul Werner Lepper de Joinville-SC. Era um cupê
esportivo de dois assentos impulsionado por motor Lincoln V-12, montado em
sobre um chassi especialmente criado. |
1958 ROMI-ISETTA 2 PORTAS
Além de versões utilitárias (pickup, furgão) de sua Isetta original, as Indústrias Romi planejavam lançar um novo modelo de passageiros que se adequasse às normas do GEIA no que diz respeito à categoria automóveis, ou seja, que estes tivessem uma capacidade mínima para o transporte de 4 pessoas. A proposta da Romi era muito semelhante ao modelo alemão Zündapp Janus, ou seja, um veículo com o motor montado entre os eixos, com o layout dianteiro se repetindo à traseira, dando a ilusão de que o veículo possuía duas frentes. Ao compartimento traseiro acrescentava-se um segundo banco, voltado para trás.
Fonte:
BRANDÃO, Ignácio de Loyola.
Romi-Isetta, o pequeno pioneiro.
|
Pick Up construída por Joaquim Garcia no ano de 1960. Tinha freios hidráulicos nas quatro rodas e motor de quatro cilindros opostos, com comando de válvulas no cabeçote, refrigerado a ar. Sua velocidade máxima era de 95km/h e seu consumo apenas 16km/l
|
|
Construído por Valdir e Reni Delazzeri, dois irmãos de 23 e 21 anos, na
cidade de Garibaldi-RS. Com faróis de Lambretta, freios mecânicos, um
motor de motocicleta Indian, frente inspirada em Ford 1957 e traseira em
Impala 59. |
A fonte não revela o nome e características deste veículo esportivo mostrado no Salão do Automóvel de São Paulo de 1960. Consta apenas que tem carroceria feita em fibra de vidro e mecânica DKW. Quem tiver mais informações, por favor, entre em contato: contato@carroantigo.com
Fonte:
Revista Quatro Rodas, fevereiro de 1961.
|
Apresentado no Salão do Automóvel de 1960, o Arpoador consiste numa alegre versão praiana, que evocava alguns modelos em voga na Europa à época. Capota em forma de pálio e bancos forrados em tecido xadrez são as características mais marcantes.
Fonte: SANDLER, Paulo Cesar. DKW, a grande história da pequena maravilha.
Foto:
CEDOC - ANFAVEA
|